Propostas, atitudes ou fatos políticos, criados ou claramente manifestos, sempre ocupam o noticiário para trazer para o espectador uma impressão de verdade diante da vocalização e comunicação da mensagem aos que a assistem ou que com ela de alguma forma interagem. Naturalmente que deveria haver propostas, projetos e falas de políticas públicas, de equidistância, de justiça social, contudo este debate de ideias e propostas tem ficada, a cada dia, obnubilado por descontinuidades e por grupos de lobistas que representam uma elite predominante no país que em última instância luta para que o público (de todos) possa ter dono num amplo projeto de dominação neoliberal.
O que é motivo de preocupação é que a maioria dos emissores dessas mensagens (tv, rádio, jornais e internet) para o grande público são promotoras de vocalizações, julgamentos e decisões (manipulação na comunicação social) para retirar consciência discursiva e responsabilidade social para cuidar apenas de interesses enquanto empresas. Num cenário de amplo analfabetismo político-funcional o incentivo das notícias com suas recomendações deveria nos fazer ser mais seletivos, contudo a análise isenta tem sido substituída por ideologia rasteira de grupos golpistas e antidemocráticos de pressão lobistas.
Num cenário onde a esquerda hegemônica encontra-se à direita, em que a radicalização, a mentira, e a ausência de políticas públicas são notadamente visíveis, cada qual que fala em nome do povo nas assembleias legislativas na verdade defende interesses de seus patrocinadores, sejam grupos identitários, sejam grupos lobistas, latifundiários, armamentistas. Juro alto, superado alto, desemprego alto, subemprego, avanço tecnológico, aglomeração de problemas originados da má distribuição de renda e injustiça social e os desdobramentos com a parcialidade típica de uma nação que foi a última a abolir a chamada escravidão Brasil.