Um dos maiores erros que se pode cometer é subestimar capacidades,habilidades, e potencialidades alheias conhecendo muito pouco ou praticamente nada daquele ser ou objeto. Desvalorizar, desmoralizar, desonrar e fazer julgamentos muitas vezes precipitados sobre outrem pode nos conduzir a caminhos, dimensões e labirintos que deveríamos fazer de tudo para evitar. No bojo deste constrangimento podem estar escondidos, implícitos certos preconceitos, predisposições desumanizadoras, tendências ao deboche, ao achaque, sem dizer do vácuo existencial que impele algumas almas profundamente adoecidas a querer crescer sobre o mal momento ou dia(s) mal alheio.
Na vida pública, quantas e quantas vezes o político pensa secretamente que o povo tem memória curta, esquece rápido de certos desgovernos, tem enorme falta de opção para renovar, é figura pública perene, não renovável ou insubstituível, trabalhando a passos mínimos para questões crônicas que urgem e negociando direitos, garantias e benefícios de políticas que são PÚBLICAS, necessitando que se torne TAMBÉM POLÍTICA DE ESTADO.
Não por acaso estamos assistindo todos os dias pelos meios de comunicação a fome avançando, a insegurança aliada à incerteza alimentar disseminando, aumento da inflação, desemprego e miséria estrutural; e o que é muito pior : A FRIEZA DA INDIFERENÇA, A FALTA DE HUMANIDADE, O CINISMO E A APROPRIAÇÃO INDÉBITA DO PÚBLICO PARA PARTICULARES.
Tenho sido constrangido, sensibilizado, impelido a lutar contra a fome, a miséria, a penúria,a pobreza. Um país que tem no seu bojo um projeto de nação deveria rever suas políticas econômicas e sociais na direção de atender aos pobres com maior intensidade na sua angústia por um prato de comida digno, sem barganhar eleição ou reeleição de quem quer que seja. A pergunta que grita em nossos corações é: até quando vamos aceitar e fingir que não temos nada com isto? Cadê o respeito à equidistância social?
É lutando contra esta cultura de fomento à miséria e penúria estrutural que trabalhamos diariamente!