O fato é que as campanhas políticas antecipadas já começaram com mais de um ano de antecedência. Disto não há que se ter dúvidas. Caminhadas, cerimônias, rituais, aproximação com as bases eleitorais, amostras de que se está aparentemente produzindo algum tipo de pseudobenefício social para os pagadores de impostos, aparições midiáticas, reuniões com os pares correligionários partidários e ideológicos, ensaios de discursos, leitura do sentimento (sensações da maioria) popular, dentre inúmeros outros artifícios semióticos são (re) produzidos cotidianamente para catalisar votos e atingir o quantitativo necessário na busca por mais 4 anos de privilégios e regalias.
Divorciada da população trabalhadora, sem um projeto de nação concreto, exequível e manifesto, nossa classe política (descolada da realidade) manipula com entes que nos causam uma certa vergonha : MANIPULAÇÃO, FRIEZA DA INDIFERENÇA, LETARGIA DIANTE DOS PROBLEMAS SOCIAIS, CINISMO E ÓDIO. Absolutamente ninguém quer, realmente, resolver os crônicos problemas da nação. Pra quê? São estes problemas o combustível para a continuação da busca por mais espaços (espectros), dimensões e materialidade de aceitação para endereçar ao poder. Se de um lado temos uma verdadeira anestesia, paralisia, operação tartaruga ou como queiram chamar no tocante aos direitos geradores de qualidade de vida da população, de outro o cerimonialismo político-midiático para fins eleitoreiros avança.
A realidade manifesta é que neste período parece que nossos nobres parlamentares e executivo que concorrerão ano que vem deixaram de lado o trabalho para e pelo povo pagador de imposto para dedicar-se quase que exclusivamente às cerimônias de campanha antecipada, busca e cooptação por votos. Não que outrora tenham feito em demasia, basta vermos os resultados, os retrocessos,os recuos e anotarmos que a engrenagem está funcionando como sempre funcionou…rituais, cerimônias, mídias (inclusive redes sociais), fanatismo, pulsões, conjunção popular patriarcal, o famoso nome retirado da cartola como se fora o salvador da nação, cegueira, mais fanatismo, polarizações de extremos, adaptação e acomodação consoante osmose coletiva e NEM UMA VÍRGULA DE UM PROJETO DE NAÇÃO SÉRIO.
Querem porque querem, com toda a força o voto, a eleição, mais um mandato, falar como os legítimos representantes da população, desconhecem o que é ser povo com suas agruras, sofrimentos e limites impostos. Brigam tão-somente por espaços de poder. É por isto que a todo momento queremos romper um pouco as perspectivas desenhadas para fazer diferente. Para trabalhar. Construir. Ressignificar. E mostrar que ainda há maneiras de encarar a realidade para sermos operadores da transformação social. Não é tarefa simples. Mas urge que seja feito.
A LUTA CONTINUA.